domingo, 30 de junho de 2019

Pequena serenata industrial






Os balcões dos casarões
ouviram um violino desafinar um hino
feito de pedaços de sentimento esparso,
um toque estrangeiro num quadro costumeiro.

Cenas que remanescem tão gentis
na memória coletiva.
Impressões que tive ao chegar aqui.
Pelotas preenche a vista.

Trilhando um seguro projeto de futuro,
aqui vieste pousar, sem hesitar ou pesar.
Pois com tua escolha, evitaste a bolha
que limita os sonhos em horizontes tristonhos.

Determinado e sem esmorecer,
te empenhas em teu projeto.
Respirar esperanças de haver
novos ciclos de progresso.

Engenhos a vapor, velhas novas ao dispor,
outrora cruzando o azul do oceano.
Hoje, as engrenagens rolam segundo imagens
surgidas em tua mente sóbria e sorridente.

São as visões da felicidade,
o moderno evangelho.
Minha menção e homenagem
a este gozo sério.

Estações amenizam saudades
do teu olhar refrigério.
Minha canção chove à tarde
sobre os campos e os prédios.








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