Limão e mel, os traços no papel;
os olhos se cerram como o dia encerra
sem ter palavras para definir
o inaudível zumbir
deste chamado natural.
Ainda é parte da revelação:
as cercas curvadas de trepadeiras agrestes –
as corredeiras cercam o que jaz
ao leste dos trigais –
degelos de hibernações
e as formas maternais do Ser Supremo:
o diadema prismático decompõe
o branco estático.
“Você é o ser
pelo qual anseia o jogral.
O filho da Terra e do Céu,
definidor de bem e mal.
Eu sou a rainha do ébano noturno profundo,
moldura da explosão dos grãos luminosos
de mundos seminais;
irradio sinais de dentro de você,
seu centro axial.
“E quando a luz voltar ao céu,
é lá que irei estar, no seu olhar,
a abençoar a quem não me esqueceu.
E quando o sol se eclipsar,
não busque mais longe e além:
perdoe a si mesmo antes do ‘amém’.”
Amendoado amor,
indica o pátio da fonte
do acolhimento total.
Perdoe a si mesmo antes do “amém”.
(E mais alguém.)
Perdoe a si mesmo antes do “amém”.
(Sem ver a quem.)
Perdoe a si mesmo antes do “amém”.
(E mais alguém.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário