Vamos contemplar a cidade daqui
do alto deste prédio,
à luz das estrelas; vagaluminosos
somos também, entre os astros novos.
Luzes destas ruas aos nossos olhos
transmutam-se em verões.
Nossas estações interiorizam-se
em corações. Ah, ah.
Vou voar e navegar de novo na ilusão
tornada real.
Entoa um cantochão madrigal
na noite dual.
Então vem, me faz
esquecer de sofrer...,
pois tens mil idades
em crer no viver...
Eternizo o teu langor.
Vamos contemplar a humanidade
como uma experiência,
um risco necessário ao destinatário,
um deus menino e sua carência.
Vamos acender as lâmpadas
de magia rediviva,
dar algum sentido ao vivido
ou à sofrida via. Ah, ah.
Vou voar e navegar no éter suspenso,
tua presença.
Coroar-te-ei de ramos,
auréola dos gamos.
Mas vem, me faz
esquecer de sofrer...,
pois tens mil idades
em crer no viver...
Eu sei, soa da cidade
um trem a correr...,
mas tens mil idades
no Bem – chão do Ser.
Eternizo...
eternizo...
eternizo o teu langor.Art by: Pascal Campion
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