Cada vez que cruzo esta fortaleza em ruínas,
estendo meu fio de Ariadne forjado em surdina.
Paredes opacas de construções amontoadas sem ordem;
a triste mensagem de um grafite que se descolore.
a triste mensagem de um grafite que se descolore.
Dromedariódromos aos berros nas calçadas largas
e os ambulatórios infectados pelas novas pragas.
Arroios diluvianos chernobilizando os vultos;
resíduos de obsolescência tecnológica entopem dutos.
Iê-ê. Iê-ê. Iê-ê. Iê-ê-ê.
Me pergunto:
foi pra isso que derrubaram as árvores?
Me pergunto:
foi pra isso que aterraram as margens?
Oh-oh-oh-oh.
Era um tempo em que a gente dançava sem DJs de laptop.
A gente arriscava a chula, mas garantia o pogo e o mosh.
Mas de que adianta relembrar o que se perdeu no espaço,
se em breve as coisas cambaleantes virão em nosso encalço?
Sufocados pelo gás, não sabemos mais quem são os vilões.
Temos os skates e eles as armas. Todos meros peões.
Trompas de Eustáquio estouram com o volume da pregação.
Televisionados, os hipnotizados são multidões.
Iê-ê. Iê-ê. Iê-ê. Iê-ê-ê.
Me pergunto:
foi pra isso que derrubaram as árvores?
Me pergunto:
foi pra isso que aterraram as margens?
Oh-oh-oh-oh.
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