quinta-feira, 28 de março de 2019

- branco - white - beluga -





É uma história triste,
uma lenda sobre o gelo,
sobre ancoradouros invernais,
sobre uma pobre mãe
que perdera seu filho
tragado pelo mar glacial.

De vigia na neblina do cais.
As crianças voltam
no final.

Belugas saudando a embarcação.
Presságios cortando a imensidão.
Pequenas almas que se perderam
nas águas, ainda a brincar.
Galeões fantasmagóricos
somam-se ao desfile mágico:
inevitável reter em verso
os fantasmas brancos do mar.

Silente, ela faz a pira
à direita do iglu,
lembrança da tradição Inuít.
Mas não como eles,
ela usa um óleo limpo,
como é o limbo de onde ele flui.

Ao espelho da redoma azul,
os pequenos jorros
assomam.

Belugas saudando a embarcação.
Presságios cortando a imensidão.
Pequenas almas que se perderam
nas águas, ainda a brincar.
Galeões fantasmagóricos
somam-se ao desfile mágico:
inevitável reter em verso
os fantasmas brancos do mar.

Ainda sobre as estepes
ou quando marchamos na neve,
aquelas fluídas presenças
vêm marcar o tempo final
da espargida geada atual.
Escoltados por narvais
virão os sinais.

Belugas saudando a embarcação.
Presságios cortando a imensidão.
Pequenas almas que se perderam
nas águas, ainda a brincar.
Galeões fantasmagóricos
somam-se ao desfile mágico:
inevitável reter em verso
os fantasmas brancos do mar.

Inevitável reter em verso
os fantasmas brancos do mar.










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