Não preciso explicar.
Deixe o seu corpo falar.
Falar sobre o que me moldou
nas entranhas da terra;
sobre o último pôr do sol
que compartilhamos sem desentendimento;
sobre aquela vírgula benigna
que em algum ponto do espaço-tempo
se abriu para minha nova forma.
Considere as mentiras que lhe
sustentam,
considere as mentiras que lhe
engrandecem
e pergunte a si mesma
se você ainda é uma “cristã”.
Você precisa pecar para sobreviver.
É o que você diz.
Não que eu esteja julgando –
apenas faça o que você sabe fazer.
A hora é agora.
Deixe o antigo pranto morrer
com as memórias que se repõem.
Faça algo com a sua hábil mão
para que algo desperte com destreza
em sua compreensão.
Tentaremos, conseguiremos um meio
de escalarmos a hierarquia venal,
talvez o compatível sucedâneo para
nossa famigerada maldição,
a Grande Decepção Vital.
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