Explosões, megatons em aroma jasmim.
Dentro em mim, luz astral em
verde-capim.
Ele desce espectral sobre a abóbada
das nações, sutil como a Grande
Abóbora.
Mira o lado raro, o lado raro do
existir.
Mira o lado raro, o lado raro do
existir.
Conheci este ser moldado em prazer,
metamorfo voraz por me fazer crer
que o país inundado ainda verá a cor
da nova canção austral que soube se
impor.
Mundo de campos verdes e prédios cinza a desabar.
Revelador vislumbre cumpre o dever ao
me transportar.
Mira o lado raro, o lado raro do
existir.
Mira o lado raro, aguça o faro para
sentir.
Viva este chuveiro! Todas as gotas!
Nosso batismo sempre à mão.
Viva este banheiro que purifica
o lado raro da afeição!
Duto transdimensional.
(Brisado, brisado... o astronauta siderado
Duto transdimensional.
(Brisado, brisado... o astronauta siderado
sobrevoa a Caatinga e o Cerrado.)
Aprendi, transcrevi esta página
Aprendi, transcrevi esta página
na frequência sonora análoga.
O futuro do amor é tudo que sou.
O E.T. dos Pampas foi quem me ensinou.
Sonhos são virtualhas das tropicálias
em dispersão.
Subtropicalmente, desenho a doce
subversão.
Mira o raro lado, cruzando a nado este
atol.
Visa o raso lago doce-amaro do
girassol.
Sente este luzeiro abençoado
que vivifica as células.
Nosso candeeiro do lado raro
– e num disparo, libélulas.
A viagem não tem fim.
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