Saudade cigana sobrevoante
à toa despenca
à toa despenca
sem se autoconhecer;
chama esverdeada tremulante,
ferida rasgada
no tecido do prazer.
Feito arte e feito obra,
o morrer declama versos
sem palavras aos adversos
temporais que se desdobram
sobre os povos,
sobre os novos
encarnantes que padecem
pelas luzes
que reduzem
a gotículas benesses.
A bênção de uma vida
compactada em um instante,
relampejo bruxuleante
de galvânica investida
neste oco abismal,
neste surto universal,
jogo cosmológico
de brio meteórico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário