sábado, 10 de julho de 2021

Mini réquiem multirritmado




Saudade cigana sobrevoante
à toa despenca
sem se autoconhecer;
chama esverdeada tremulante,
ferida rasgada
no tecido do prazer.

Feito arte e feito obra,
o morrer declama versos
sem palavras aos adversos
temporais que se desdobram

sobre os povos,
sobre os novos
encarnantes que padecem
pelas luzes
que reduzem
a gotículas benesses.

A bênção de uma vida
compactada em um instante,
relampejo bruxuleante
de galvânica investida

neste oco abismal,
neste surto universal,
jogo cosmológico
de brio meteórico.








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