Na dimensão dos tempos sobrepostos,
tudo que choramos pode fazer sentido.
Mesmo assim, optamos por não chorar,
tudo que choramos pode fazer sentido.
Mesmo assim, optamos por não chorar,
na medida do possível.
O direito dos passantes.
Representantes da espécie,
viventes gotículas do céu.
Pelas ruas noturnas da grande cidade,
nadamos e volitamos,
porque simplesmente somos.
Pelas ruas noturnas da grande cidade,
nadamos e volitamos,
porque simplesmente somos.
Na doçura dos turbilhões, nós.
Nós... e o sopro.
Piscina noturna,
ondulação soturna.
Sorvido o medo sonante,
os insetos marcham ao orifício cruel.
Sorvido o medo sonante,
os insetos marcham ao orifício cruel.
Somente agora,
é tudo espetáculo.
Humanos confiam nos contos feéricos,
que não passam de malogros liberados.
A História feita para ser reproduzida
e repetida.
que não passam de malogros liberados.
A História feita para ser reproduzida
e repetida.
Temos algo –
um compromisso com a noite longa,
sorrisos gravados em faces alheias.
As lonjuras, as rezas em pensamento,
os sentidos tristes das separações.
um compromisso com a noite longa,
sorrisos gravados em faces alheias.
As lonjuras, as rezas em pensamento,
os sentidos tristes das separações.
Só nós, a aventura não videogravada.
Só nós... e o sopro.
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