sábado, 6 de janeiro de 2018

Me acorde ao meio-dia





Se você me perguntar
por que estou à vontade,
eu respondo:
“sigo a trilha até Xanadu.”

Me acorde ao meio-dia.
(Ou amanhã de manhã...)

Se você me perguntar
por que estou tão disperso,
eu respondo:
“são as brumas de Avalon.”

Me acorde ao meio-dia.
(Ou amanhã de manhã...)

Jornadas ao centro da terra,
mil odisseias espaciais,
vinte mil léguas no fundo desta paz:
a única opção é não voltar atrás
– ao primitivo caldo.

Se você me perguntar
por que estou tão distante,
eu respondo:
“é para poder alcançar você.”

Me acorde ao meio-dia.
(Ou amanhã de manhã...)

Quântico emaranhamento.
Deuses em seu crepúsculo.
Corpusculares entidades de luz.
O alquimista sai do ovo do avestruz
para me encarar.

Me acorde ao meio-dia
de amanhã.

No zênite de Zaratustra,
sem quadrante e sem bússola,
entregue pelos braços de Morfeu.








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