Morrer condoreiro, condoído,
de sol a
sol sob o regime
das
fumaças e fornalhas,
dos
calos das enxadas e das pedras britas,
ou no
fogo cruzado entre clientes e gerências,
ainda
assombrado pelo relógio
e
obrigado a prestar reverências a ele,
cuidadoso
para não ferir
os
sentimentos psicóticos das máquinas –
Ah! quem
me dera
não
mais pagar com a cruz da infâmia
o minuto
roubado
para a
confecção deste poema
inconsumível
e invendável
e os
minutos contados,
contabilizados,
logistizados
que
negligenciamos em prol
da
compassiva contemplação
do passeio dos condores.
do passeio dos condores.
(13/08/09)
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