Eles desceram do céu no início da
noite,
ninguém sabia se era para o bem ou para
o mal.
Como já acontecera em idas eras,
igualmente ninguém sabia qual o
propósito daquilo.
Não eram totalmente máquinas,
não eram totalmente carne,
não era absolutamente real
o conceito de realidade de que nos
alimentávamos
junto à crosta.
Mas houve uma estranha calma nos
mares,
um conforto montanhesco
florestosamente arenítico,
pedregosando pelo espaço aéreo
fogofatuante como a morte deve ser
para as borboletas fazedoras de
tufões.
Revira, gira, dissolve
a expectativa lendária;
maltrata, destrata, reergue e
dignifica
os fazedores de lendas.
Amontoadas letras nas bibliotecas
ruídas
e nosso inteiro passado histórico em
microarquivos
de nanocápsulas virais inescrutáveis.
O planeta já não existe mais
no formato familiar aos nossos ancestrais,
mas amamos o som dos tambores
e as gotas das cachoeiras,
porque tudo convive na nostalgia,
o sabor da solene ironia.
Tudo nos é hologramaticamente
permitido.
Os filhos do século brincam no pó.
Nossas caravelas
um dia alcançaram terra.
Ninguém sabia
se era para o bem ou para o mal.
se era para o bem ou para o mal.
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