domingo, 11 de maio de 2014

O capricho dos boêmios






Não vou negar a mim mesmo,
negando o que aprendi de ti.
Pessoas vem e vão indo,
sumindo vou persistir.

Ainda almoçamos no velho bar,
mudaram apenas as confissões.
As saudosas melodias
sobreviverão aos furacões.

Teu já lendário sarcasmo,
hilária aflição.
Fosse o amor um capricho de boêmios,
como somos então por ele os abstêmios?

Ainda almoçamos no velho bar,
mudaram apenas as confissões.
As saudosas melodias
se mesclaram aos furacões.

Eu sei o que pulsa
e está acima de mim,
nos astros que se beijam em segredo,
no silêncio de deixar falar.

Não vou negar a mim mesmo,
nem mesmo que sofri de mim.
Meu coração não tem dono
além do que lhe faz bater.

Ainda almoçamos no velho bar,
mudaram apenas as confissões.
As saudosas melodias
sobreviveram aos furacões,
no fim.








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