Esta quantidade tão enorme de informação
não estanca a hemorragia
de superstição.
As paredes ganham vida pra
nos esmagar,
pois os construtores
morreram neste lugar
só de ouvir estalar o
chicote subsônico
entre os alto-falantes do
medo estereofônico.
Então sangram as paredes,
as torneiras da dor;
cavalares doses de urbano
estupor.
Torres à prova de
terremotos zombam dos socos
que trocamos nos
intervalos dos beijos loucos.
Malucos de gravata e
cabeça raspada
vendendo barato a raiva
cultivada.
Penduricalhos chacoalham
nas mochilas dos punks.
Os molotovs voam pra
queimar palanques.
Então seremos nós os
expiatórios
quando os tentáculos
subirem pelos mictórios.
Estupefatos, os ratos
amestrados
entre canos acrílicos
não reconhecem o ambiente.
Insano experimento.
O profano sentimento.
O profano sentimento.
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