Vamos
dançar em torno do fogo,
juntar
as nossas referências culturais
e
jogar tudo nas chamas.
Vamos
ver a cor da fumaça resultante,
as
muitas cores, as vozes espectrais,
o
que sublimou-se do diamante
falante.
O
que foi que eles nos deixaram como tarefa,
além
de ourivesar esta relíquia
que
nos sobrou como herança?
Exílios
profetizados,
embrenhamentos
–
as
pegadas duplicadas, os galhos,
gravetos
estratégicos no caminho inóspito,
tudo
em vão quando perdemos o ponto de partida
e
a antevisão da chegada.
É
um esporte contemporâneo,
uma
religião viciante,
um
vapor inebriante que emana
das
válvulas da mente volúvel e sem pátria.
É
um desafio constante,
um
sonho demente
de
se comprar e ostentar ao povo.
Afoguemo-nos
então.
Salvemo-nos
sobre leviatânicas ilhas-esmeralda.
Formemos
arquipélagos com a dança rotunda
de
nossos genitais.
E,
sobretudo,
realinharemos os chakras das Américas.
realinharemos os chakras das Américas.
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