sábado, 16 de fevereiro de 2013

O mal de toda revolução...





Às vezes as cópias são melhores que os originais;
às vezes o sofrimento altivo do presente
é melhor que o ridículo deleite da época da inocência.
Gosto das canções da fase decadente
dos meus artistas favoritos,
preciso quebrar minhas próprias regras
como medida de sobrevivência.

Acho que posso pagar o preço.

Não tente imitar meus pendores:
desentender-se com você é divertido.
Apenas odeie menos e revolucione mais.
Não bata na mesma tecla,
mas procure sinônimos convincentes
para seus argumentos.
Só o amor pode mudar minha cabeça.

Acho que posso pagar o preço.

Mas a precaução
é que me obriga agora a lembrar...

Toda revolução deixa seu rastro de destruição,
toda revolução deixa profundas cicatrizes;
para cada caminho aberto outros tantos se fecham
e quando precisamos voltar atrás num único ponto,
o orgulho desaprova a emenda.

Os mortos incomodam menos que os vivos.
Os mortos vendem mais.
Os modernos fariseus batem à nossa porta
para vender sua indulgência,
mas você sabe que eles fariam tudo aquilo de novo;
você sabe como é fácil calar o povo.
Se a revolução estivesse acontecendo agora
em algum lugar,
você dificilmente saberia
e mesmo que ela fosse rentável o bastante
para iluminar nossas salas de estar,
você facilmente se acomodaria;
se fosse anunciada a descoberta da vida extraterrena
quase ninguém se surpreenderia;
passados 3 dias ninguém mais se importaria,
porque estarão muito ocupados
em ver um bando de 11 idiotas
correndo atrás de uma bola.

Mas acho que posso pagar o preço.
Só o amor pode mudar minha cabeça.








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