Dialogo com as sombras ancestrais,
invertendo-se
em refratários vitrais
que
escorrendo vão qual mananciais
de
um eterno fluxo vertido
sobre
um filho banido do lar.
Santa
vertigem brindada ao cair da lua –
o sangue do mártir nos lábios mortos –
fuga das luzes carrascas do acaso –
preces mudas do credo abstêmio.
(Acrescentem-se centúrias.)
Cadente
de sobrecarregadas nuvens,
na
terra me faço pedaço de lume
perdido
na névoa das ruas que punem
o
filho do clima e do tempo
pelo
seu monumento de ar.
Ectoplasmando
nosso brando alvorecer,
radiestesiando
o impulso e a contenção –
cordilheiras
e altiplanos macios e mornos,
picos
e vales a se justapor
a
se justapor
a
se justapor
a
se justapor.
Aéreo
risco de perder a medida
não
detém as figuras entrelaçadas.
Somos
nós os cúmplices da madrugada
e herdeiros do Reino das Fadas.
e herdeiros do Reino das Fadas.
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