As formas das nuvens são sempre abstratas
e você insiste em ver bichinhos.
Os pássaros em seus guinchos de
acasalamento
são cantores para você.
As avalanches, as lavas
e os planetas bombardeados por
meteoros
são profecias vindas do além
para seu desespero
fingido de fé.
Dormindo de pé em sua tentativa de
vigília,
você é engraçado como um duende de
jardim
sem jardim e sem graça.
(Como haveria espaço
para alguém que não reserva em si
um mínimo espaço que seja
para o lindo acaso,
a bela imprevisibilidade,
a magnífica eventualidade
e a música do caos?)
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