segunda-feira, 2 de abril de 2018

Soneto Urbano I (A Convenção)





Marcado um novo encontro, com intento foragido
Vamos nós, fugitivos das expectativas nulas,
Entre maquinações do futilismo que dissimula
Nossas fragilidades, seja em riso, ou em gemido.

Quebrem-se então as vitrines, janelas fantasmais
Do cenário restringidor da santa insanidade;
Encontre-se assim um nicho na modernidade,
Um lar que não nos lembre um vivedouro de animais...

Perambulando vagos sob as luzes da avenida,
Num esforço para saborear a hora presente,
Qualquer demonstração de afeto é bem recebida

Neste limbo de dissonância e distrações dementes,
Palco ao céu aberto onde fugas são impelidas
Para que, vindo o toque, surja da vida as sementes.








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