Rancor infinito dedilhado nos
corrimões estrangeiros, rosnando em salas de espera; nada de sorte ou azar identificáveis como expressões de
humanidade. Afinal, como esperar um cenário tranquilo quando as almas são corroídas por dentro? Então eles escapam para as ruas.
Nada podendo, contudo, aprisionam-se
em estereótipos televisivos e estéticas ideogramáticas. Estouram lustres e
luminárias de pura vontade de ver a cor e a forma do caos. Mas o caos lhes
escapa, sempre informe, sem limites precisos.
E os incendiários persistem em trocar
confidências com suas máquinas, solitários até na gargalhada, famintos
inclusive no momento do perdão. Bulimias interplanetárias.
Agora chispando e sapateando como
símios amestrados, pouco podem rir sem força sobre-humana. Algo sempre escapa,
desliza, vomitado de seus cérebros-almôndega, estranhos e estrangeiros.
Art by Cyberbirdy

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