Este som que me entorpece, este sol que
desfalece
Entre os terraços-vigia, refratando, à
revelia
Dos comediantes néscios, amotinados
dos tédios,
Toda franca picardia! – eis a via dos
poentes.
Sãos doentes de alegria, ex-cristãos
sem nostalgia,
Todos numa roda vívida de lúdica
anarquia,
Nós fluímos, brumas verdes,
desrebocando paredes
– Nosso sábio vandalismo abismando os
pais das crias.
Mas não vamos muito longe, nossos
telhados de vidro
Mal talhados são os freios dos anseios
por perigo.
Ah! quem dera fossem seios que nos
servissem de abrigo!
“Abrigo” foi o que eu disse? Mas o que
tanto fascina
Na versejada dor das torres que
agonizam das rimas
Que não seja o diluir das
circunscrições umbralinas?
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