
E chega o momento-quarto-escurecido-tremulante
para lhe arrebatar das nuvens
cintilantes da alegria óbvia.
E vem a ardência sem fundo na alma do
mundo
do seu estômago espremido.
E vem o gemido.
Espaço sem preenchimento,
grito mudo de socorro impossível.
Sim, a isso eles chamam
“o grande vício subterrâneo”.
É o frenesi que tremula na aura de
fogo
dos fantoches leves de cortiça
que os leva à espera impaciente
pelo brinquedo de açúcar escorrido.
E escorre para dentro das bocas a luz
profana
que, por vias oblíquas, intensificará
os futuros orgasmos tonitruantes
das criaturas voláteis esmigalhadoras
de cabeças, membros e troncos frágeis
porosos.
Um momento assim,
não isolado, propagado em ondas,
com todos os disfarces de uma original
redenção.
E todas as inevitáveis consequências.
Ao final do período histórico, resta
a possibilidade da compensação.
Aproveitamento do incremento da imaginação.
(Resta saber se a dor vale o
investimento.)
Basta, pelo dito,
que este mito seja grito
incrustado em granito sideral.
(Bastando que rimem as nossas verdades.)
(Bastando que rimem as nossas verdades.)
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