Desperta um desejo
interno, concreto, a cores
– borracha quente.
Firmeza animal,
exuberância a ser tocada
– borracha transpira.
Apertar, distender,
desvendar você.
Sentir o que sente
quem faz acender
a chama do óbvio que me alimenta,
a chama que pode ferir e curar.
Desperta um desejo
de ver e cheirar e enfiar,
soltar e prender;
liso e rijo,
finito e imenso de dor e deleite
– a tua estrutura.
Apertar, distender,
desvendar você.
Sentir o que sente
quem faz acender
a chama do óbvio que me alimenta,
a chama que pode amar e odiar.
O sol, a água e a saúde,
a sagrada estupidez.
Força e coragem – pelo prazer;
tanta sutileza e tanto poder,
tanta humildade e tanto brio;
moldados sobre o magma
das paixões ardentes
por trás da flor a se abrir.
Apertar, distender,
desvendar você.
Sentir o que sente
quem faz acender e acontecer.
Apertar, distender,
desvendar você.
Sentir o que sente
quem faz acender
a chama do óbvio que me alimenta,
a chama que pode amar e odiar
inofensivamente...
A fome do corpo ergueu
o amor que jamais se perdeu.
Veículo firme de luta e paz;
este desejo tão meu
e aquele deleite tão seu...
e aquele deleite tão seu...
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