Eu sou o ventríloquo perfeito,
de uma raça perfeita de
tomates falantes.
tomates falantes.
Um perfeito cáqui
nos palcos dos teatros escolares
que me garantiram o êxito
em minha infância prodigiosa.
Hoje murcho
de prazeres ligeiros,
acumulados durante uma vida
sabugosa de visconde.
Hálito artificioso,
trabalhoso ofício entre os lábios
que me querem sugar.
Vendendo minha arte aos tomistas-aristotelistas teleológicos
que tudo veem do alto e minúsculo.
Ai como sou certinho às vezes.
Ai como passo de fininho entre os
estrondos
das trombetas wagnerianas eternamente
presunçosas
de terem supostamente derrubado a
muralha que ruí
com meu dedinho.
E entre os ufos ainda faz-se a dúvida
acerca
da origem (poética) daquela
incomensurável
supernova cor de laranja.
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