Tua demorada angústia, retida em minha memória,
Obriga-me a prosseguir debaixo da
chuva e do gelo,
Confiante e temente, em equiparação
sem zelo
Dos motivos e dos instintos na vaga
trajetória.
Enquanto puder este ar sustentar-me
na bravata,
Minha alma e suas extensões
responderão às preces;
Mesmo minha férrea máscara de dor se
enternece,
Uma vez que te respiro, em minha
inspiração exata.
E, chegando aos abismos que te
obnubilam a visão,
Deparando-me com os grilhões da
moderna escravidão,
Libero o Canto, no Verbo de que me fiz
emissário...,
Vendo, assim, o termo austero das
desolações vividas,
Ante o abraço longamente ansiado, sem
medida,
Nesta cena edificante de um libreto missionário.
Nesta cena edificante de um libreto missionário.
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