Qualificado mais uma vez
como um mero observador sem causa,
deixo florir meu instinto de rebelião
em estratégica mudez,
para que cantem e urrem
as criaturas aladas ocultas.
Perambulante,
constantemente em busca de sua própria
definição,
parando em feiras de arte moderna
com uma lágrima cáustica a brilhar
– a que nunca tomará forma
no mundo da expressão.
Vingo todas as gerações
outrora e sempre enclausuradas na
tragicomédia
das divisas inclementes
de ser e agir inconscienciosamente,
como num modelo de universo
sem mente.
Vivo como quem espera por si mesmo:
espero por versos,
espero por cenários,
ajusto ao Sentido todo o vazio
e o Espaço que, esperançoso,
abri em minha alma
para receber-te.
para receber-te.
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