Baleias-da-Groenlândia mal desconfiam
que a morte está entre os gelos.
A audácia daqueles que não temem o
frio
nunca é cogitada pela inocência
ensimesmada.
Acima de tudo e todos, o sobrevoo.
Falcões-do-mar, aves de rapina,
visão do alto, alcance e amplitude.
Como poderia, em tal cenário,
o moderno santo safar-se
ou mesmo conhecer o maligno,
sem que trouxesse consigo a mancha do
mal
justificando-lhe a sabedoria?
Então... somos nossa própria cria.
Um “nós” expresso neste “todo”
orgânico,
fluindo e refluindo sobre suas
ilusões,
entre conflitos e tensões.
Podemos antever os prados férteis do
futuro...
As colheitas das novas ideias…
Mas estas jamais nos pertenceriam;
antes, prefeririam a morte lenta
a ter de pertencer aos seres
auto-odiadores.
Quer os dias futuros nos leguem
soluções de concórdia ou de discórdia,
possam estes então, ante a mais
aflitiva transmutação,
o serem em seus requintes – cogitados!
Que a sua fúria e a sua paz
estejam a muitos passos à frente
da mediocridade!
meu amado e aguardado
continuador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário