Sorriso edulcorado,
coroa de desejos cítricos,
guloseimas derretidas – que ornamento!
Eis teu retrato imortal.
Glicogênese
do paladar insaciável.
Mentol mentolipto
apocalipticamente terminal.
(Realmente,
fomos até o fim.)
O preço da conquista:
o choro na chuva ácida.
Lampejo ultravioleta
nas janelas.
Heroicos atentados ao patrimônio
sem dono.
(Ou seja, nada que pague nossas
contas.)
Mas um dia possuiremos isto,
tudo; talvez a nós mesmos.
Talvez o doce nutritivo,
agora que as leis os enriquecem.
Se duvida, leia o rótulo
e faça um titânico esforço
para acreditar.
Somos nós em miúdos.
Nós, as proteínas.
Gelatinosas na poção.
Mas quem nos vê? O coração?
De um torturado, alquebrado?
Do desprezado consolo?
Este estômago cruelmente esmurrado
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