Olho mais uma vez para o rosto dela...
Amargurado e autojustificado,
não posso evitar contrariá-la – ainda
assim
perdoo a mim mesmo,
para manter intacta a Nova
Personalidade.
A Nova Personalidade precisou sair da
parede,
precisou cantar com sua própria voz,
considerar-se o centro do universo por
um minuto (eterno)
e emprestar seu corpo
para outras inumeráveis
personalidades.
Hoje à noite.
O estrondo não me deixou completar a
frase;
ninguém ouve o que não diria a si
mesmo.
É a sua clássica prudência que nos
estraçalha
e faz escorrer pelos acostamentos o
jovem suco
colorido, temperado de futuros,
que nutre e sustenta
a estrutura e o reboco
dos templos da Última Civilização.
Não há mais juventude.
Há hoje um ciclo de contrariedades.
Hoje à noite fugimos velozes;
hoje a noite
não tem idade.
não tem idade.
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