Eu celebro o Canto Novo, desperto à
compreensão,
êxtase gutural antártico em suas
espirais ardentes,
porque tonitruante é a voz, a
emissão, a articulação
dirigida, confluente no ar marinho do
saber
catártico.
Prossigo ao sabor dos espaços,
introduzo-me
em não mais secretas moradas de magia,
toda vez que o canto propuser propelir
o sopro vital
que delicia e extasia os alegres
marcadores
de fronteiras conceituais.
Este conceito, seu corpo perfeito e
sadio,
suas voltas e revoltas saborosas e
bravias,
para sempre deixarão um rastro de
ideias
por serem revestidas.
É a fonte de onde brota minha nova
esperança,
assentada sobre dorsos de dragões
excitados,
atada aos pés de enormes criaturas
voadoras,
seres de sonho e ação, ígneos,
decididos
a tudo transformar.
É a vida, fazendo-se ouvir e sentir
bem junto aos nossos
corações de poeta:
o Absoluto, figurado na assimilação
plena
deste comando veemente.
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