Se acabas de mentir aos astros,
contentar-te-ás com a medida humana e
falha
de teus ciclos manifestatórios.
Aparecerás nas tribunas escorregadias
dos jogadores letais,
para que tua face irradie sapiência
sobre aqueles que jamais a utilizarão
e certamente te riscarão
dos seus mapas mentais.
Mentiste aos astros.
Impuseste insustentáveis concepções de
movimento.
Ao repouso da conformação prendeste
teus espelhos ambulantes –
dilacerados!
Disparaste as peças do dominó caótico.
Barraste o fluxo do saber vital
e do sentir essencial...
Para nada mais poder ser visto
do mundo puro e infinito,
agora imerso em sombras – as tuas.
Mentiste aos teus pupilos.
Como pretendes que a Verdade
deixe de assinalar apenas os verdadeiros
com o digno direito à sua possessão?
O eclipse do saber tomaste por
luzeiro...
Duvidaste dos astros.
Mas os astros não precisam da tua
luz...
Eles conhecem muito bem seus rumos.
E, no entanto, prossegues em teu
ocaso,
ó deplorável mistificador da ciência,
ó filho rebelde... à tua celeste ascendência!
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