Esquecidos
foram os vinhedos...
Esquecidos
foram os arvoredos...
Esquecida foi a
noção
do toque da
chuva como carícia e benção.
Ocultada por um
fuliginoso manto
a óbvia ligação
entre todas as
criaturas
e criadores
e criações.
Esquecidos
foram os vinhedos...
Esquecidos
foram os arvoredos...
Esquecidas as teclas da livre
metamorfose humana.
Podíamos voar,
podíamos nadar em vivos mares
e beijar o infinito
com toda intimidade e naturalidade,
sem um definido tempo de término
ou cronometrias
para toda desenvoltura de nossos
carnavais
sem avenidas.
Esquecidos
foram os vinhedos...
Esquecidos
foram os arvoredos...
Ainda assim,
ainda assim
podemos algo ingerir e algo expelir
das entranhas
luminosas
da parte
imortal de nossos corpos.
Um nascimento
de estrelas.
Amplo sopro de
espórulos
geradores de
deuses,
de astronautas
e de artistas
para maior
colorização dos cenários
dos nossos
enlaces de amor.
Esquecidos
foram os vinhedos...
Esquecidos
foram os arvoredos...
(Repete para sempre)
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