Tua beleza matou minha arte,
calou
minha poesia,
pois
antes de mim criara a Natureza
a
insuperável sinfonia.
Que
doce morte,
a
de viver para poder contemplar
a
obra-prima dos tempos
viva
justamente em meu tempo!
Neste
eterno presente da lembrança,
nossa
junção isolada
como
epítome da sincronia inerente
à
dança do Universo.
A desvelada perfeição
esculpida,
pintada, representada,
cantada,
declamada,
erigida
imponente em ímpeto e serenidade
na
base sustentadora
do
meu mais alto céu.
Aos
teus pés o sacrifício florido
das
primícias sazonais
do
teu fiel contemplador
e
infiel retratista.
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