...lá
estava ela,
sempre à espera de embarcações distantes,
deusa
vigilante, num
rochedo
erodido a soçobrar...
Irene!
Teus cabelos me convidaram
para dançar mil valsas...
Contigo as flores eram mais belas,
como
todos os adornos
a teus sorrisos e voz – ah!
despertando-me da solidão...
Irene,
outrora graciosidade rara,
agora lembrança que me ampara,
onírico ondular de vestido,
róseos passos...
Desapareceste qual musa poeana,
uma lâmpada cuja luz míngua
e, mesmo na escuridão,
deixa seu brilho em meus olhos,
em persistente centelha.
Pousa,
rodopia de braços abertos,
minha inigualável,
doce Irene.
* O poema “Irene” foi-me ditado em um
sonho (em 09/05/1994). Tive que memorizá-lo antes de acordar; mas, devido à
dificuldade, alguns trechos resultaram incertos (indiquei aqui em itálico as
partes que acrescentei conscientemente para emendar os lapsos da memória).
Considero isso um caso de semi-psicografia. O autor não se
identificou, mas é provável que se trate de um alter-ego meu em estado de consciência
paralela. De qualquer forma, o estilo é totalmente diferente do que eu aprecio
escrever.
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